7 de novembro de 2008

HOJE É DIA DE CECILIA




"Nasci no Rio de Janeiro, três meses depois da morte do meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas ao mesmo tempo me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno. Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da minha personalidade."
Cecília Meireles
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O cavalinho branco

            
A tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:

mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.

O cavalo sacode a crina
loura e comprida

e nas verdes ervas atira
sua branca vida.

Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos

a alegria de sentir livres
seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!

Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!

Um comentário:

  1. Querida Roselee,

    Fiquei muito feliz com a sua chegada a blogagem coletiva e agora com a sua participação.
    Obrigada por abrir espaço em seu blog para homenagear Cecília Meireles.
    Aceite o meu agradecimento e afeto.
    Mil beijinhos!
    Com carinho,

    Leonor Cordeiro

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