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28 de dezembro de 2011

Desejo para 2012

Imagem Ao toquedo amor

18 de julho de 2011

Poema rosa

5 de julho de 2011

MAÇÃ - Manuel Bandeira



Por um lado te vejo como um seio murcho
Por outro como um ventre
Cujo umbigo pende ainda o cordão placentário
És vermelha como o amor divino

Dentro de ti
em pequenas pevides
palpita a vida prodigiosa
Infinitamente...

E quedas tão simples
Ao lado de um talher
Num quarto pobre de hotel

2 de julho de 2011

Poema Azul - video

A cor da rosa - Almeida Garret


Alvejava de neve outrora a rosa,
Nem como agora, doce recendia;
Baixo voava Amor sem tento um dia,
E na rama espinhosa
De sua flor virgínea se feria.
Do sangue divina! gota amorosa
Da ligeira ferida lhe corria,
E as flores da roseira onde caía
Tomavam do encarnado a cor lustrosa.
Agora formosa
A rúbida flor
Recorda de Amor
A chaga ditosa.



Para os braços da mãe voou chorando;
Um beijo lhe acalmou penas e ardores:
E tão doce o remédio achou das dores,
Que Amor só desejou de quando em quando
Que assim penando,
Com seus clamores
Novos favores
Fosse alcançando.



Súbito voa, pelos ares fende;
As rosas viu de sua dor trajadas,
E que só de suas glórias namoradas
Nada dissessem com razão se ofende:
A mão lhe estende,
E delicioso
Cheiro amoroso
Nelas recende.



Vós que as rosas gentis buscais, amantes,
Nos jardins do prazer,
E, em vez da flor, espinhos penetrantes
Só chegais acolher,
Resignados sofrei, sede constantes,
Que a desventura,
Que a mágoa e dor
Sempre em doçura
Converte Amor.


**************************************************

Como uma flor vermelha.

imagem fernando capaneiras

À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.

Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas
.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.


Sophia de Mello Breyner Andersen



1 de julho de 2011

Poema Azul


O mar beijando a areia

O céu e a lua cheia

Que cai no mar

Que abraça a areia

Que mostra o céu

E a lua cheia

Que prateia os cabelos do meu bem

Que olha o mar beijando a areia

E uma estrelinha solta no céu

Que cai no mar

Que abraça a areia

Que mostra o céu e a lua cheia

um beijo meu

Roxo



É roxo o amor,
de amoras não,
de dor.

Adélia Prado

Lilás - Djavan

 
 
Amanhã
Outro dia
Lua sai
Ventania abraça
Uma nuvem que passa no ar
Beija
Brinca
E deixa passar
E no ar
De outro dia
Meu olhar
Surgia nas pontas
De estrelas perdidas no mar
Pra chover de emoção
Trovejar...
Raio se libertou
Clareou
Muito mais
Se encantou
Pela cor lilás
Prata na luz do amor
Céu azul
Eu quero ver
O pôr do sol
Lindo como ele só
E gente pra ver
E viajar
No seu mar
De raio.





30 de junho de 2011

Azul sobre amarelo, maravilha e roxo



Desejo, como quem sente fome ou sede,
um caminho de areia margeado de boninas,
onde só cabem a bicicleta e seu dono.
Desejo, como uma funda saudade
de homem ficado órfão pequenino,
um regaço e o acalanto, a amorosa tenaz de uns dedos
para um forte carinho em minha nuca.
Brotam os matinhos depois da chuva,
brotam os desejos do corpo.
Na alma, o querer de um mundo tão pequeno,
como o que tem nas mãos o Menino Jesus de Praga.

Adelia Prado