5 de junho de 2008

"Competência e sensibilidade solidária – educar para a esperança"



Esperança só é esperança quando não se funda em certezas. Quando há bases seguras, "científicas", para as nossas projecções desejantes, temos otimismo. Esperança é quando nós esperamos apesar das nossas incertezas, apesar das actuais condições humanas e sociais que não nos dão garantia da possibilidade de realização dos nossos desejos. Alguém é optimista por causa de, enquanto que nós temos esperança apesar de.»

Hugo Assman e Jung Mo Sung, "Competência e sensibilidade solidária – educar para a esperança"

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Essencialíssima é a menção feita a Gandhi, sobre saber viver e conviver. Seu neto Arun Gandhi conta: "Para Gandhi quem não sabe conviver também nunca saberá qual é a sua própria filosofia da vida. Contou-me várias vezes a história de um colega, brilhante nos estudos, sempre com as notas mais altas. Passou em tudo com distinção, arranjou logo um bom emprego. Só que nunca achou tempo para aprender a viver. Não soube conviver com sua mulher, nem com seus filhos, nem com ninguém. Acabou amargurado e na miséria. Saber viver e conviver - dizia ele - é o que mais se precisa aprender".
Compreender que só saberemos quem somos se tivermos sido amados. Envolver a análise da dimensão profunda dos nossos desejos. Tudo é tão essencial, que se torna impossível, perigoso e até inconveniente dizer onde está o principal horizonte indicado. A proposta iluminada é, sem dúvida, educar para a esperança.

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