2 de dezembro de 2011

Quando meu rosto contemplo,


Quando meu rosto contemplo,
o espelho se despedaça
por ver como passa o tempo
e o meu desgosto não passa.


Amargo campo da vida,
quem te semeou com dureza,
que os que não se matam de ira
morrem de pureza tristeza?
Cecília Meireles
In: Canções (1956)

(Cecília de Meireles, nas. 07/11/1901 , morte 09/11/1964 )

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