13 de abril de 2009


Amo
- lançando-se contra moinhos de vento - gritava dom Quixote.
.
Amo
– envenenado de céus - gritava Otelo.
.
Amo
– recostado em Ossian - soluçava Werther.
.
Amo
– tremendo nas carruagens de Jasvin - repetia Vronski.
.
Amo
– separando-se de Grusenka - sonhava Dimitri Karamazov.
.
Amo
– brandindo a espada - recitava Cyrano.
.
Amo
– regressando do comício - sussurrava Jacques Thibault.
.
Amo
– gritaria também o herói de um romance contemporâneo,
mas o autor não lho permite.
Não está na moda.
O amor já não é contemporâneo.Alinhar ao centro


Izet Sarajlic

Nenhum comentário:

Postar um comentário