Amo
- lançando-se contra moinhos de vento - gritava dom Quixote.
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Amo
– envenenado de céus - gritava Otelo.
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Amo
– recostado em Ossian - soluçava Werther.
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Amo
– tremendo nas carruagens de Jasvin - repetia Vronski.
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Amo
– separando-se de Grusenka - sonhava Dimitri Karamazov.
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Amo
– brandindo a espada - recitava Cyrano.
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Amo
– regressando do comício - sussurrava Jacques Thibault.
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Amo
– gritaria também o herói de um romance contemporâneo,
mas o autor não lho permite.
Não está na moda.
O amor já não é contemporâneo.
Izet Sarajlic
13 de abril de 2009
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Poetas e Poesia ao redor do Mundo
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