16 de julho de 2008


Eu tenho a vida que minha mãe pediu a Deus.
Como quando tenho fome (ou quando me dão comida).

Durmo na hora que tenho sono.
Brinco quando quero brincar.
Fico sem fazer nada quando não tenho nada pra fazer...
Ninguém exige que eu faça mestrado, doutorado, especialização, cursos em outras línguas.
Não há cobrança para que eu case, tenha filhos, compre um carro, um imóvel.
Não preciso procurar emprego, pensar em estabilidade, aposentadoria.
Não tenho que decidir onde vou aplicar o dinheiro, que contas vou pagar, em que político votar.
Não fico por aí filosofando, perguntando qual é o sentido da vida, se sou feliz ou não.
No fundo, os humanos invejam essa imensa liberdade de não-ser que é própria dos seres da minha espécie.

(desconheço o autor)


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