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Friedrich Nietzsche
O chão.
O grão.
O grão no chão.
O pão.
O pão e a mão.
A mão no pão.
O pão na mão.
O pão no chão?
Não.
Cecilia Meireles - Ou Isto ou Aquilo, 1964
Agora é definitivo:
uma rosa é mais que uma rosa
Não há como deserdá-la
de seu destino arquetípico.
Poetas que vão nascer
passarão noites em claro
rendidos à forma prima:
a rosa é mistica.
Adélia Prado
Baião dos anos 50
por Hervé Cordovil e Mário Vieira*****************************
Quando eu era menininha tinha um vestidinho bordado com a letra e ilustrações dessa música. Eu gostava muito do vestido, não pelo vestido propriamente dito, mas por achá-lo mágico: as pessoas olhavam para mim (na verdade para o vestido) e cantavam Sabiá lá na gaiola....
Ah como eu queria, de novo, a magia de poder fazer as pessoas ao meu redor, olharem para mim e cantarem ...Ah me deu vontade de desenhar a "historinha". Será que consigo? Vou tentar, se conseguir vou inserir nesta postagem.
- Alô, cotovia!
Aonde voaste,
Por onde andaste,
Que saudades me
deixaste?
- Andei onde deu o vento.
Onde foi meu pensamento
Em sítios, que nunca viste,
De um país que não existe . . .
Voltei, te trouxe a alegria.
- Muito contas, cotovia!
E que outras terras distantes
Visitaste? Dize ao triste.
- Líbia ardente, Cítia fria,
Europa, França, Bahia . . .
- E esqueceste Pernambuco,
Distraída?
- Voei ao Recife, no Cais
Pousei na Rua da Aurora.
- Aurora da minha vida
Que os anos não trazem mais!
- Os anos não, nem os dias,
Que isso cabe às cotovias.
Meu bico é bem pequenino
Para o bem que é deste mundo:
Se enche com uma gota de água.
Mas sei torcer o destino,
Sei no espaço de um segundo
Limpar o pesar mais fundo.
Voei ao Recife, e dos longes
Das distâncias, aonde alcança
Só a asa da cotovia,
- Do mais remoto e perempto
Dos teus dias de criança
Te trouxe a extinta esperança,
Trouxe a perdida alegria.Manuel Bandeira
Florbela Espanca - A mensageira das violetas