Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada,
E que para de onde veio volta depois
Quase à noitinha pela mesma estrada.
Eu não tinha que ter esperanças - tinha só que ter rodas....
A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco...
Quando eu já não servia, tiravam-me as rodasE eu ficava virado e partido no fundo de um barranco
.Fernando Pessoa / Alberto Caeiro
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